terça-feira, 15 de julho de 2008

Cinema Comentado em Belo Horizonte na Faculdade Metropolitana de Belo Horizonte

A questão de fundo que aqui se apresenta é onde distinguir a experiência estética da experiência do consumo – se é que tratam de experiências distintas. Como pensar a beleza, como apresentação de si, para além da superficialidade dos discursos recorrentes do mercado e da mídia? Como pensar essas questões no contexto da educação de crianças pequenas? Optamos por enfrentá-las aceitando o convite dos cineastas Dayton e Faris para acompanhar a menina Olive no Concurso Pequena Miss Sunshine. Sua história é também a nossa história e os desafios que se colocam aos diretores do filme em muito se aproximam dos desafios que se apresentam em nossa vida de educadoras e de pesquisadoras da infância.

No filme “Pequena Miss Sunshine”, Olive é uma menina de 7 anos que aspira ser rainha em concursos de beleza e faz parte de uma família nada comum: um pai ‘fracassado’ que tenta vender um programa motivacional que promete o sucesso; um irmão adolescente que inspirado em Nietzsche enclausurou-se há doze anos num voto de silêncio; um tio homosexual, segundo maior conhecedor de Proust, que tentou suicídio ao perder seu namorado para o maior especialista o autor; um avô anarquista, ‘tarado’ e usuário de drogas, que carinhosamente ensaia com Olive as coreografias para apresentação no concurso; uma mãe, muito ausente e descuidada com as tarefas domésticas, mas imbuída em dar unidade a essa tão excêntrica família. Essa ‘unidade solidária’ se efetiva, entretanto, quando a família se lança na grande aventura de quase atravessar o país a bordo de uma kombi para ajudar Olive a realizar seu sonho: participar do Concurso de beleza “Pequena Miss Sunshine”.

domingo, 8 de junho de 2008

Salão de Beleza Zeca Baleiro - Composição: Zeca Baleiro

Se ela se penteia
Eu não sei!
Se ela usa maquilagem
Eu não sei!
Se aquela mulher vaidosa
Eu não sei!
Eu não sei!
Eu não sei!...
Vem você me dizer
Que vai num salão de beleza
Fazer permanente
Massagem, rinsagem, reflexo
E outras "cositas más"...
Oh! Baby você não precisa
De um salão de beleza
Há menos beleza
Num salão de beleza
A sua beleza é bem maior
Do que qualquer beleza
De qualquer salão...
Mundo velho
E decadente mundo
Ainda não aprendeu
A admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem come
A beleza de quem ama
A beleza do erro
Puro do engano
Da imperfeição...
Belle! Belle!
Como Linda Evangelista
Linda! Linda!
Como Isabelle Adjani...
Aí! Bela Morena
Aí! Morena Bela
Quem foi que te fez tão formosa?
És mais linda que a rosa
Debruçada na janela...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Ideal Grego

Historicamente o conceito de beleza seguira uma subjetiva linha de conceitos e julgamentos, associados à harmonia e proporção, manifestando nas linhas geométricas, na combinação das cores e na religião. Concentrando no corpo, na estética e na erotização. Juízos e concepções gregas de beleza, que vão influenciar profundamente a cultura ocidental. Destes traços é possível perceber que entre romantismo e místico, os traços que sobressaíram foi o naturalismo. Os gregos acreditavam que o belo estava na perfeição, na proporção e na simetria das formas. Para eles, o universo era puro e belo. Temos que concordar que o juízo histórico de beleza, caberá a cada sociedade, tempo, lugar e civilização, cada cultura, em determinada época e valoração de sentido e influência histórica, terá seu próprio juízo verbal de beleza, seu próprio padrão e conceito do belo.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Na contemporaneidade, a beleza vem sendo tratada como aparência, como valor ou fim em si mesmo. Transformada em artefato cultural e mercadoria, mobiliza um significativo mercado que a assume como produto e a oferece como promessa de felicidade. Esse mercado dita normas de beleza e prescreve comportamentos e identidades. No avesso desse arrojado projeto, toda uma história de exclusão é silenciada.

domingo, 18 de maio de 2008


O mercado da beleza, que inicialmente voltava-se prioritariamente às mulheres, nas últimas décadas tem buscado fidelidade no consumidor infantil. A criança, que em sua suposta pureza e plasticidade, historicamente fora convertida aos olhos adultos em símbolo de beleza, depende agora dos acessórios que o mercado lhe oferece para fazer por merecer tal atributo.